quinta-feira, 12 de abril de 2012


Era sábado e Fernanda estava tentando providênciar todos os documentos para a sua matrícula do intercâmbio, ela precisara mandar até as 10hs do outro dia, pelo correio todos os seus documentos para portugal, onde lá uma de suas amigas iria confirmá-la na universidade, em meios a tantas preocupações, nanda parou e tirou 15 minutos pra si. ela sentou a frente da janela, que mostrara o quanto aquele sétimo dia da semana estava caloroso, era verão e o sol estava radiante, uma brisa refrescante acabara de entrar no quarto, ela punha as mãos sobre as bochechas, que estavam ardendo naquele momento, começou a perceber que dentre tantas coisas das quais iria sentir falta quando chegasse a hora de partir, a que mais lhe doia era deixar pietro no seu passado, ela já acostumara observar todos os seus gestos, e sabia-os de có, tanto o seu jeito meio estranho de andar, quanto o de mexer o cabelo, ou até mesmo o de ficar agitado quando não concordara com algo, até o de olhar pra ela de um jeito que fernanda ainda não sabia explicar, era natural a palpitação todas as vezes que o encontrava, o nervosísmo todas as vezes que ele entrará em suas redes-sociais, era rotineiro a angústia ao vê-lo ao lado de outra, era normal a falta de palavras quando ele se aproximara para presentear-lhe com um beijo na bochecha, mas ela sabia que tudo iria ficar pra trás, nanda queria uma lembraça, ela já a tinha e nem percebia, durante aquele romance fernanda aprenderá muito sobre o amor, ela sabia que era capaz de possuir aquele sentimento a qual taxava como coisa para pessoas maduras, ela sabia que é bem melhor tentar, mesmo que seja pra receber um não.
Nanda, com uma teimosa lágrima que queria escorrer pela sua face naquele momento, dispertou das suas conclusões e resolveu não deixar a lágrima correr, pois ela sabia que seria a primeira de muitas se permitisse liberá-la, tentou disfarça pra si própria o que sentia, tentou pensar em annie e soph, ela sabia que as amigas a amava, que nem a distância iria separar as três, que eram unidas por um único coração partido, ela tinha a certeza que elas não iam apenas ficar no seu passado, mas que com certeza iam estar presente a cada rímel ou lápis de olho que ela iria passar, pois apredera tudo com as amigas, coisas que nunca iam morrer, quando começou a lembrar de circunstâncias vividas, acabou se permitindo recordar de um dia, talvez um dia normal, mas que naquela hora lhe dizia muita coisa, ‘enquanto Nanda petrificada, sem reação alguma, assistia uma das cenas que mais lhe causava dor, pietro aos beijos com umas das garotas que ela mais detestara, sentindo uma repulsa, uma vontade de chorar, uma dor que vinha do seu eu mas interno, Fernanda apenas correu, e naquele momento ela virá o quanto as meninas a amara, estava lá atras de nanda, annie e soph, pedindo pra que ela se acalmasse, que tudo iria passar, que pietro só iria perceber o que perdera quando a tão e esperada hora chegasse, quando nanda tivesse que partir, e tivesse que deixar ali um pedaço do seu coração, o pedaço mais forte e persistente…’

nanda acabou deixando a lágrima escorrer e como já sabia muitas outras vinheram atrás, pietro naquele momento era tudo que nanda queria, ela se confundia com seus próprios sentimentos, não sabia se queria-o pra vida toda, por um ano, um mês ou por um dia, ela apenas o queria, queria ela estar no lugar daquela garota naquele dia, queria ela receber um carinho, um afeto que fosse, ela queria uma lembrança que ficasse assim como as das amigas, ela queria tão pouco e ao mesmo tempo algo tão complicado, ela apenas queria que o seu fragmento do coração voltasse ao seu local de origem, nanda levantou enchugou todas as lágrimas, voltou a procura dos documentos, mas o que poucos sabia ela ainda tinha esperança de talvez ser surpreendida, de ser profundamente realizada e para a irônia de tudo nada dependia dela tudo dependia de pietro… mas ela ainda não desistira!

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